Vamos falar sobre Transformação Ágil? Não se pode negar: as novas tecnologias modificaram a sociedade, a gestão empresarial, o mundo em que vivemos, e (inclusive!) as relações com o outro. Tudo muda muito rápido. E de novo. Acompanhar esse ritmo não é só uma tendência, mas uma necessidade real. Felizmente, muitas empresas já entenderam o recado: “quem não muda, dança”.
É aí que a Transformação Ágil entra em jogo! Com a proposta de impactar positivamente o time de colaboradores — para assim encantar o mercado — o método propõe uma mudança profunda (feita de dentro para fora) de mindset na cultura organizacional e no comportamento pessoal, que passa por diversas etapas e atinge tanto processos quanto pessoas, prevendo inclusive, cenários de riscos a fim de minimizá-los.
O x da questão é mapear as dores e dificuldades da empresa, sempre respeitando as características individuais de cada organização (como missão, visão e valores), e a partir daí inserir o Agile nesse contexto personalizado. Vamos falar sobre o assunto.
Não é só Post-it na parede!
Marina Franco, Head de TI que já foi cliente add, considera que a Transformação Ágil já passou por todas as fases do Hype Cycle. Para ela, os executivos perceberam que não se trata de modismo: é uma questão de sobrevivência.
“Ou você se transforma, ou morre. Transformação Ágil não é só Post-it na parede. É sobre entender como entregar produto de valor, inovador e mais rápido. E o que gera valor não são quantas certificações você tem, e sim o produto que se coloca no mercado”.
A gestora observa ainda que o processo envolve diversos profissionais, como os de Tecnologia da Informação (TI), de Negócios, de Produtos (Product owner) e especialmente o setor de Recursos Humanos (RH). Todos devem estar capacitados para o Agile e comprometidos de verdade com o método.
Isso determina o sucesso do projeto, como o case maiS (*Método Ágil Interativo SulAmérica*) uma cocriação add/SulAmérica para a companhia combater o desperdício no desenvolvimento de softwares, baseado em conceitos como Lean Thinking, Design Thinking, Facilitação e Desenvolvimento Ágil.
O grande desafio é transformar pessoas
Roberto Lins, CIO da Salinor, maior produtora de sal marinho do Brasil, concorda que o uso de técnicas Agile é indispensável. O profissional acredita que a verdadeira transformação digital não deve ocorrer apenas no uso da tecnologia, mas atingir e transformar pessoas. “É o grande desafio”.
E acrescenta: “Essa é a realidade das organizações que desejam vencer a corrida da economia digital: usar a tecnologia a seu favor para obter vantagem competitiva”, revela.
Transformação Ágil: Devagar e sempre
O ser humano, por natureza, é resistente a mudanças. Por isso, consolidar uma transformação real é um processo lento e contínuo.
Victor Gonçalves, Digital Transformation e Agile Expert, comenta: “Cerca de quatro anos. É o tempo médio que uma empresa leva para se transformar totalmente com a adoção do Agile e para conquistar uma mudança cultural e comportamental profunda, de acordo com pesquisas recentes”.
Ele ressalta que Agilidade é um movimento aplicável também a cenários complexos, como por exemplo situações imprevisíveis e que demandam respostas rápidas ao mercado. Mais um motivo para ser imprescindível!
#addicas
E como ser ágil? Por onde começar e o que evitar? Para facilitar, separamos 10 #Addicas superbacanas sobre o assunto:
#SejaÁgil
► Postura de Dono e Liderança Criativa: tenha autogestão, comprometimento, responsabilidade e protagonismo na empresa. Elabore e anote soluções para o mesmo problema. Seja dono do seu tempo e haja como proprietário do negócio em cada decisão que tomar. É importante trazer ideias inovadoras sempre. Use e abuse da sua criatividade, sem restrições!
► Motive-se: cultive a alegria dentro de si e tenha atitudes positivas! Descubra o que realmente o motiva e o deixa feliz. Faça cursos, assista palestras, leia livros, converse e sorria! Faz toda a diferença.
► Escute, escute, escute: ouvir é diferente de escutar, o que requer atenção para compreender aquilo que a audição capta. A escuta ativa e ostensiva (sem interromper o locutor) enriquece o processo de aprendizagem, de troca de informações e de novos conhecimentos. Além de criar empatia, claro!
► A oito (dez, doze…) mãos: o trabalho em equipe promove a união, o senso de grupo e a sensação de pertencimento, aumentando a sinergia e produtividade do negócio. Respeite, valorize e incentive o trabalho do outro. Juntos somos sempre melhores.
► Conte com o RH: sem uma mudança do mindset, não há sucesso. Para isso, o setor de Recursos Humanos deve estar capacitado para influenciar e envolver pessoas, além de identificar os influenciadores nesse processo;
► Nada de Ego! esqueça isso. Você não é mais importante do que ninguém. Acredite no seu potencial e tenha autoconfiança, mas esteja aberto a novas ideias, pontos de vista e desafios. Tenha em mente que sempre é possível aprender mais. Sempre!
► Medo de errar: Pró atividade conta ponto exxxtra! Tenha iniciativa, deixe a preguiça e o receio de lado. Enxergue além do que vê, entenda o ambiente corporativo, preveja as necessidades e resolva os problemas. Basta começar!
► Olha o Benchmarking: conheça o DNA da empresa e estude cases dos concorrentes. Entender o que funciona bem (dentro e fora da organização) reduz riscos e aumenta exponencialmente as chances de sucesso para o seu negócio.
► Escolha um KPI: “O que pode ser medido pode ser melhorado”, já dizia Peter Drucker. Definir um indicador (ou vários) para mensurar resultados é tão ou mais importante do que o próprio resultado! Não adianta criar uma campanha, projeto ou produto incrível se você não tem ideia do ROI (mesmo que intangível) que gerou… Reavalie constantemente, modifique o que não deu certo e melhore o que funcionou. Nada é estático, nem deve ser.
► À espera de um milagre: entenda que o Agile isoladamente, não resolve tudo! É preciso ter uma visão ampla e estratégica para definir prioridades e perceber as questões internas que precisam ser desenvolvidas, extintas ou melhoradas.
A Transformação Ágil não se trata apenas de ferramentas. Ela se faz com pessoas. São elas que guiam as mudanças.