Uma tendência inevitável que pode democratizar o mercado de softwares
Clica, arrasta e solta. Parece simples, e pode ser mesmo. Já imaginou uma ferramenta que faz todo o trabalho pesado de codificação e deixa para você a parte criativa e o desenvolvimento da solução final para o cliente? Essas ferramentas existem e tem ganhado cada vez mais espaço dentro das fábricas de softwares. Low-code e no-code são soluções ágeis que representam economia de tempo e mão de obra para criar soluções melhores para os clientes.
Para quem aplica, o resultado é positivo. Tem cumprido o que o movimento ágil promete já há algum tempo: adaptabilidade, flexibilidade e eficiência; e pode suprir uma demanda grande de profissionais de TI que estão cada vez mais se esvaindo do mercado.
Uma pesquisa feita pela Forrester mostra que até 2024, os EUA terão um déficit de cerca de 500 mil desenvolvedores de software. No Brasil, de acordo com a pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), para acompanhar o crescimento do setor de software no país, serão necessários mais 70 mil profissionais ao ano até 2024, o que dá aproximadamente 350 mil profissionais.
“Esse fenômeno de escassez de profissionais de TI não é apenas no Brasil e, sim, um fenômeno mundial. As ferramentas low-code e no-code surgiram exatamente para atacar esta questão, é uma evolução natural. Sempre que o ambiente cria dificuldades nós pensamos em quais ferramentas criamos para resolver o problema. Desde a invenção da roda até hoje”, disse Ricardo Gondim, sócio e CTO da empresa add, desenvolvedora de software e consultoria em TI.
Em conversa com o canal AgileTimes.News, Ricardo conta que hoje, com o uso das ferramentas, a add consegue alcançar um ganho de produtividade em até 3 vezes mais do que antes.
“Hoje estou entregando um projeto que levou seis meses com três desenvolvedores que sem a plataforma precisaria do dobro de desenvolvedores por um ano, um ganho gigantesco de velocidade para o nosso cliente”, disse.
O cenário de pandemia fez da transformação ágil uma necessidade. Fábricas de software não tem mais como voltar atrás, além da qualidade, a agilidade se tornou pré-requisito para novos projetos.
“A pandemia, na minha opinião, mostrou a fragilidade digital de muitas companhias e isso incomodou o negócio. O bom é que tudo o que incomoda os objetivos de negócios das empresas, muda. O mercado mudou o mindset de transformação digital para aceleração digital. Hoje ter sistemas modernos que suportem as cadeias de negócio das empresas não é mais um desejo e sim uma necessidade inerente, quem não acelerar vai ficar para trás e se tornar irrelevante no futuro”, disse Ricardo.
“Acho que estamos em um processo para que isto aconteça num futuro, mas ainda falta muito para chegarmos lá. Os conceitos de programação ainda são muito ‘alienígenas’ para os times de negócio. Mas o caminho está traçado e a atual participação do negócio nas metodologias ágeis têm aproximado cada vez mais o negócio dos desenvolvedores. Pelo que tenho visto no mercado, tanto pessoas do time de negócio estão entendendo mais os conceitos de desenvolvimento como os desenvolvedores vêm se aproximando mais do entendimento de negócio. No futuro, acredito que estes papéis irão se aproximar cada vez mais”, disse Ricardo Gondim da add.