A mais recente edição da addplay, comandada por Luiz Coelho, trouxe à tona o debate sobre as tendências e o futuro do mercado de seguros, em um aquecimento para o aguardado Insurtech Brasil 2025. Com a participação de Juliana Montez (Fundadora da Pluvon), José Prado (CEO & Fundador do Insurtech Brasil), Ricardo Gondim (CTO da add) e Aldo Pires (CEO da add), o encontro virtual revelou insights valiosos sobre a transformação do setor impulsionada pela tecnologia e pela regulamentação.
Inteligência Artificial: O Hype vs. A Realidade da Implementação
Um dos temas centrais que permeou toda a discussão foi a Inteligência Artificial (IA). Segundo José Prado, a IA é “o tema da vez“, marcando uma revolução que não se via desde os primeiros movimentos das Fintechs. No entanto, o entusiasmo vem acompanhado de um pé no chão. Ricardo Gondim revelou que levantamentos do ano passado indicam que cerca de 85% dos projetos de IA falharam ou estavam em processo de falha.
Aldo Pires, CEO da add, enfatizou a importância de uma abordagem estratégica: “Não adianta você levantar um projeto e perguntar o que você está usando de IA. Você deveria perguntar: o que você vê de problema para resolver?“. A falta de clareza nos objetivos e a ausência de processos bem definidos são, de fato, gargalos que levam ao insucesso. José Prado reforça que agentes autônomos de IA não duram nem um mês se não houver um processo estruturado por trás.
Além disso, os custos associados à IA tendem a aumentar, e empresas que hoje arcam com grandes prejuízos para ganhar mercado eventualmente repassarão esses valores. A qualidade dos dados históricos no Brasil também é um desafio crítico; dados inadequados ou incompletos podem levar a resultados errados, independentemente da sofisticação da IA.
O Agente de IA e o Impacto na Força de Trabalho
Ricardo Gondim detalhou que um agente de IA é um código que toma decisões e executa tarefas de forma autônoma, sem necessidade de acompanhamento constante, aprendendo com os resultados para atingir um objetivo definido. A diferença para um chatbot tradicional é que o agente tem uma interação mais natural e respostas mais precisas, aprendendo com os documentos e contextos fornecidos.
No entanto, Aldo Pires levanta uma preocupação: a IA pode automatizar muitas tarefas operacionais, antes realizadas por juniores, o que pode prejudicar o desenvolvimento e a senioridade desses profissionais. A questão é como esse pessoal vai adquirir experiência se as tarefas de base são automatizadas. Para ele, hoje, isso ainda é um desafio. O risco de alucinação (onde a IA gera informações falsas) também é real e pode causar grandes prejuízos operacionais e até legais, como no caso de um sistema de IA que recusou quase 100% dos sinistros em uma seguradora.
Oportunidades e a Visão do Insurtech Brasil 2025
Apesar dos desafios, as oportunidades são vastas. A IA eleva a produtividade das equipes, permitindo que profissionais experientes se dediquem a tarefas mais estratégicas e nobres. Empresas que implementam a IA de forma controlada e administrada já veem ganhos operacionais significativos.
O Insurtech Brasil 2025, que acontecerá em um novo e maior local (Expo Center Norte), busca ampliar as fronteiras do mercado de seguros, atraindo não apenas seguradoras e Insurtechs, mas também novos distribuidores como varejistas e aplicativos. Uma grande novidade deste ano é a inclusão de cooperativas de seguros e da proteção patrimonial mutualista, que agora passam a ser reguladas pela SUSEP. Essa ampliação visa um intercâmbio de tecnologia e conhecimento entre esses diversos players.
Regulamentação como Catalisador da Inovação
A regulamentação, historicamente vista como barreira, é encarada como um motor de inovação no Brasil. Segundo Aldo Pires, as mudanças da SUSEP e do Banco Central, como o PIX, impulsionam as seguradoras a modernizar suas operações. O sandbox regulatório e o Open Insurance (em conjunto com o Open Banking) são exemplos de como a regulamentação está criando um ambiente para testar e escalar inovações. O PIX Automático, por exemplo, é visto como um divisor de águas para otimizar os processos de pagamento no setor.
O evento terá a forte presença de reguladores, incluindo o diretor da SUSEP, Carlos Queiroz, que debaterão o impacto dessas novas leis e o potencial de intercâmbio tecnológico entre o mercado regulado e os novos entrantes.
O Insurtech Brasil 2025 se posiciona, portanto, como um ponto de encontro para profissionais que desejam não apenas entender, mas também moldar o futuro do mercado de seguros, utilizando a inovação e a tecnologia de forma estratégica e responsável.
Aproveite a oportunidade!
Garanta sua presença no Insurtech Brasil 2025 com 15% de desconto usando o cupom add15off.