Insurtech Brasil 2024: Confira as Tendências de Inovação e Tecnologia Para Seguros

Evento reúne lideranças para debate sobre o futuro dos Seguros no país
Insurtech Brasil 2024: Confira as Tendências de Inovação e Tecnologia Para Seguros
Insurtech Brasil 2024: Confira as Tendências de Inovação e Tecnologia Para Seguros

Como evitar fraudes avançadas com a tecnologia? IA impulsiona a inovação para Seguros? O que as catástrofes naturais revelam para o setor? Por que o Service Design aprimora o CX na nova Era de Seguros?

A 7ª edição do Insurtech Brasil, evento patrocinado pela add e dedicado à Inovação e Tecnologia no mercado segurador, trouxe esses e outros temas à tona, conectando líderes e profissionais a mais de 80 especialistas da indústria de Seguros em 30 horas de debates intensos.

Embedded Insurance, Open Insurance, Cyber Insurance, Inteligência Artificial, Sandbox, Desafios na Distribuição de Seguros e Soluções Regulatórias foram discutidos no evento em São Paulo, no dia 3 de julho.

Riscos Climáticos e Seguros para catástrofes naturais ganharam relevância e dominaram pautas, bem como a subscrição do futuro e a nova era da jornada de pagamentos, tendências apontadas para o mercado.

Ao todo, 31 painéis foram distribuídos em quatro salas, promovendo uma ampla troca de ideias e insights para um público de mais de 1.000 pessoas, entre executivos e representantes de seguradoras, insurtechs, empresas de tecnologia e outros players que possuem interesse no setor, como fintechs, varejistas e big techs.

Nosso CEO, Aldo Pires, foi convidado a conduzir a palestra sobre ‘Service Design For Insurance’ atraindo um público recorde, interessado no assunto.

Separamos os principais debates que aconteceram na Insurtech Brasil 2024, evento realizado por José Prado, CEO Insurtech Brasil e Juliana Montez, Founder Pluvon e Organizadora do Insurtech Brasil, para você acompanhar as tendências e novidades de quem escreve o futuro dos Seguros! Confira.

Sandbox e SRO (Sistema de Registro de Operações): Regulatórios em Pauta

O Sistema de Registro de Operações (SRO) foi tema de um painel do Insurtech Brasil com participação de representantes da Superintendência de Seguros Privados (Susep), como a Diretora Técnica Júlia Lins, e Cristiano Cesário, coordenador-geral da Coordenação-Geral de Infraestrutura de Mercado.

A grande novidade foi divulgada por Júlia, ao revelar que o novo edital do Sandbox Regulatório será lançado ainda em julho. “Desejamos incentivar comportamentos por parte das seguradoras. Por isso, estamos trazendo duas temáticas que centralizam a estratégia do programa: a inovação tecnológica e a sustentabilidade”. Ela afirmou que o edital passará a ter fluxo contínuo, permitindo que as empresas submetam projetos inovadores ao longo do tempo.

Júlia acredita haver boas perspectivas com a proposta: “Precisamos adequar o produto às necessidades dos consumidores, e não apenas ampliar o acesso às apólices de seguros”.

E reafirma o compromisso da autarquia com mercado e a sociedade:

Júlia Lins, Diretora Técnica da Susep

Cristiano destacou os objetivos principais do SRO, o histórico do programa, os desafios encontrados, a situação atual e os próximos passos. O executivo da Susep enfatizou que a Consulta Pública sobre o escopo de dados a serem registrados pelas entidades supervisionadas, está disponível e aberta para sugestões até 2/8/2024. A consulta pode ser acessada aqui.

IA, Cyber Security, Data Driven e Prevenção a Fraudes: A Subscrição do Futuro

Com o aumento de fraudes ꟷ  principalmente em empresas de saúde e bancos digitais ꟷ  as seguradoras estão cada vez mais preocupadas com a proteção de seus dados, que já são usados para subscrever riscos. Por isso, duas tendências foram destacadas para o mercado de seguros: a hiperpersonalização, onde os dados precisam ser usados quando o cliente necessita, e a concorrência mais complexa, envolvendo seguradoras tradicionais, neosseguradoras e big techs, também em busca da personalização para o cliente.

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IA, Cyber Security, Data Driven e Prevenção a Fraudes: A Subscrição do Futuro

As seguradoras com alta digitalização devem adotar a cultura data driven, orientada por dados, e fazer com que a maior parte dos seus processos e ações se baseiem na coleta e análise de dados relevantes e, por fim, na prescrição com base nos resultados, utilizando intensamente informações para modelar expectativas de vida e riscos de saúde dos clientes.

O uso da IA e da análise preditiva – inclusive no momento pós- contratação e antes da tentativa de fraude – também ajudam a reduzir sinistros, identificando comportamentos suspeitos.

Por isso, é importante contar com uma boa infraestrutura de tecnologia e times preparados para aumentar o nível de confiabilidade dos dados e, assim, reduzir o preço final do seguro para o cliente, garantindo a competitividade de uma empresa no mercado.

Service Design For Insurance: Inovação para Seguros e Regulatórios

O mercado segurador atravessa um novo momento, com normas regulatórias voltadas ao Open Insurance, ao SRO (Sistema de Registro de Operações) e ao Sandbox, por exemplo.  Por isso, é preciso encontrar novas soluções para o cenário.

Nesse contexto, o Service Design garante uma abordagem eficaz e centrada no cliente, que resulta em um produto final atraente e disruptivo, apoiando a criação de produtos e serviços inovadores que atendem às novas demandas regulatórias e expectativas dos consumidores com estratégias que reduzem riscos, perdas operacionais e erros humanos, como lançamento de dados imprecisos em documentos e planilhas, atrasos na migração de sistemas legados, entre outros.

Assim, aprimora a experiência do cliente, otimiza processos internos e garante a conformidade com as normas do setor.

Aldo Pires, CEO na add, palestrou sobre o tema e explicou que, para isso, é importante que as seguradoras tenham uma visão holística a fim de compreender o contexto e o comportamento do cliente, e que estejam preparadas a lidar com os riscos e oportunidades da tecnologia.

Aldo Pires- INSURTECH BRASIL. Créditos: Edu Viana
Aldo Pires- INSURTECH BRASIL. Créditos: Edu Viana

O Embedded Insurance (ou seguro integrado), é outro exemplo da necessidade de se reinventar e colocar o cliente no centro de todo o processo, utilizando o Service Design. Para conquistar o cliente, é preciso de dados.  Entender quem ele é, como, onde, quando e o que ele consome ꟷ  ou prefere consumir ꟷ  para oferecer um seguro no canal ideal e no momento exato da sua jornada.

Na palestra (assista aqui), o CEO da add deixou claro que, ao abraçar o Service Design, o setor de seguros não apenas se adapta às novas realidades, mas também se posiciona na vanguarda da inovação, garantindo uma experiência do cliente coesa e satisfatória desde o primeiro contato até a fase de pós-venda.

Riscos Climáticos e Catástrofes Naturais: Como Vencer os Desafios?

Não é segredo que os riscos climáticos e catástrofes naturais, como enchentes, queimadas, deslizamentos de terra e secas, representam desafios significativos para o setor de seguros. Tais eventos têm se tornado mais frequentes e intensos no Brasil e no mundo devido às mudanças climáticas, aumentando a exposição a perdas financeiras e estruturais. O último episódio das enchentes no Rio Grande do Sul, foi lembrado durante o evento por especialistas, como o início de um futuro preocupante.

Raquel Gaudêncio, Superintendente Executiva de Estratégia, Governança Corporativa, Inteligência de Mercado, Sustentabilidade, Inovação e VMO na BrasilSeg, apontou que na TI, o dado é a base da inteligência, e que muitas empresas ainda não atingiram a maturidade digital idealnem perceberam que a ‘união faz a força’ quando o assunto é encarar os novos desafios ambientais.

“O setor de seguros ainda não trabalha com essa perspectiva de atuar em conjunto para se fortalecer. A crise climática se agrava e vem para fortalecer a necessidade dessa conversa”, pontuou.

Pedro Farme, CEO da Guy Carpenter, avaliou que o evento climático do Rio Grande do Sul foi o mais disruptivo do setor. “A perda do seguro deve ficar em 10% das perdas econômicas. A média global é de 60% de perdas seguradas para perdas econômicas. As seguradoras não tinham noções das suas exposições reais. A maioria não tinha este tipo de conhecimento real time. Não havia demanda, mas agora esperamos chegar mais perto de mercado de exposição catastrófico”.

E já há insurtech especializada em controle de volume pluviométrico, seja voltado para o agronegócio ou para produtos de varejo. Executivos de seguradoras com foco nesse setor também manifestaram preocupação com o assunto, e pontuaram a necessidade urgente de integrar tecnologias com a coleta de informações para redução de riscos – tanto para seguradoras quanto para segurados – aumentando assim o nível de confiança e de satisfação do cliente no produto e a penetração de seguros na sociedade.

Para vencer esses desafios, as seguradoras brasileiras devem adotar estratégias inovadoras e tecnologias avançadas, como análise preditiva e inteligência artificial para melhorar a modelagem de riscos e a avaliação de sinistros.

O desenvolvimento de produtos de seguros mais acessíveis e a colaboração com órgãos governamentais e ONGs para implementar medidas preventivas também são essenciais. Essas ações ajudam a mitigar os impactos das catástrofes naturais e fortalecem a resiliência das comunidades afetadas, promovendo um mercado de seguros mais robusto e preparado para os desafios futuros.

Edição Insuterch Brasil 2024 termina com sucesso

O evento foi aplaudido pelo público e elogiado por todo os participantes, com consenso quanto à sua importância para o desenvolvimento do mercado segurador.

Aldo Pires, patrocinador da 7ª edição e CEO da add. também aprovou o encontro. “O evento foi incrível, com presença massiva da comunidade. A abertura trouxe palestrantes, temas e dados relevantes. Estou extremamente feliz com o grande público que conferiu a minha palestra sobre Design de Serviços em Seguros. Sala cheia e pessoas engajadas em colocar a inovação em prática para mudar o futuro deste mercado”.

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