Na edição mais recente do addplay, realizada em 29 de outubro de 2025, o tema foi um dos mais comentados do ano: Agentes Autônomos e Inteligência Artificial no mercado de seguros.
O encontro foi mediado por Luiz Coelho e reuniu Aldo Pires, CEO da Add, e Rafael Cecchini Rodrigues, General Manager LATAM da InsureMO, em um debate que foi além do hype — explorando o que já é realidade e o que ainda está por vir na adoção de IA pelas seguradoras.
IA: do hype à aplicação real
A conversa começou destacando um ponto essencial: a Inteligência Artificial já deixou de ser apenas uma promessa. Segundo Rafael, 85% das seguradoras devem usar algum tipo de IA até o próximo ano, mas poucas atingiram maturidade nos projetos.
“Hoje, apenas 5% das iniciativas de IA geram resultados reais para o negócio”
Apontou Aldo, reforçando que muitas implementações ainda não passam da fase de protótipo.
O motivo?
“Boa parte dos sistemas legados ainda não suporta aplicações modernas de IA”
explicou Rafael. Para ele, a evolução passa por arquiteturas abertas, baseadas em APIs e serviços em nuvem, capazes de conectar tecnologias de forma ágil e segura.
Agentes autônomos: o próximo passo da IA
Mas afinal, o que diferencia os agentes autônomos da IA generativa — como o ChatGPT?
Rafael explicou que, enquanto os chatbots apenas respondem a comandos, os agentes autônomos são capazes de executar tarefas de forma independente, conectando-se a múltiplas plataformas e tomando decisões com base em dados reais.
No setor de seguros, isso significa automatizar etapas críticas, como:
Subscrição e análise de risco;
Processos de sinistro e detecção de fraudes;
Atendimento ao cliente com decisões baseadas em dados;
Integração de sistemas e fluxos de aprovação.
Apesar do potencial, a supervisão humana continua indispensável.
“O agente pode indicar caminhos, mas a decisão final precisa continuar sendo do especialista”
Destacou Rafael.
Governança e segurança: os novos desafios
Aldo trouxe à tona um ponto que preocupa todo o setor: a segurança e a governança de dados.
“Quando você define o que a IA pode acessar, precisa ter clareza sobre quais informações são internas e quais podem ir para o mercado. A linha entre inovação e exposição é muito tênue”
Ele defendeu abordagens gradualistas e conservadoras, em que cada caso de uso é testado e amadurecido antes de chegar ao público. “O erro é querer mostrar que usa IA sem estar pronto para isso”, completou.
Integração e escalabilidade: a importância do mid-office
Rafael também apresentou o papel das plataformas midDLE-office, como a InsureMO, na modernização do ecossistema de seguros.
“Pense na InsureMO como a base do Lego onde você conecta todas as peças. Ela garante uma integração à prova do futuro, escalável e totalmente em nuvem”, explicou.
Essa camada tecnológica permite que seguradoras modernizem seus processos sem substituir totalmente seus sistemas core, acelerando a criação de produtos e a integração com parceiros, como bancos e marketplaces.
O papel humano na era dos agentes autônomos
Apesar do avanço da automação, tanto Aldo quanto Rafael foram unânimes: o ser humano continua no centro da transformação.
“As funções repetitivas tendem a desaparecer, mas surgem novas oportunidades para quem domina a tecnologia”, afirmou Aldo.
Rafael complementou:
“Assim como na era dos computadores, o desafio não é o fim dos empregos, mas a evolução das habilidades. Quem se adaptar vai liderar a nova fase da IA.”
Um futuro de colaboração
A conversa — mediada com leveza e profundidade por Luiz Coelho — terminou com um consenso inspirador: o futuro dos seguros será construído pela colaboração entre humanos e agentes autônomos.
Com maturidade tecnológica, segurança e propósito, a IA pode ser a aliada ideal para um setor que busca eficiência, personalização e velocidade — sem perder o toque humano.
Assista à íntegra do episódio no YouTube:
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