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A Era da Economia da Inteligência Artificial e Intangível. V de volátil, I de incerto, C de complexo, A de ambíguo.
V de volátil, I de incerto, C de complexo, A de ambíguo. Esses são os conceitos que definem o mundo VUCA, acrônimo criado pelo exército americano que logo se espalhou pelo mundo corporativo, na tentativa de traduzir o cenário empresarial pós 2° Guerra como agressivo, desafiador, competitivo e veloz.
Mas parece que, de tão veloz, o conceito VUCA − até então considerado atual — evaporou antes mesmo de entrar em ebulição. As palavras de ordem agora são: contradição, complexidade e caos. Esse é o cenário que define os tempos pós normais.
Como previa Marshall McLuhan, nessa ‘aldeia global’ as tecnologias como Realidade Aumentada (AR), Realidade Virtual (VR), Analytics, Big Data, Machine Learning, Inteligência Artificial (AI) guiam os caminhos de uma economia disruptiva e instigante, e fortalecem a interação homem–máquina numa relação cada vez mais convergente e estreita. Sem avenidas, ruas ou corredores para dividirem o espaço físico do digital.
O quanto tudo isso impacta a sua vida e influencia as decisões e estratégias corporativas hoje? Parou para pensar como vivia há uma década e imaginou como será daqui a 10, 20, 30 anos?! Então vamos falar sobre o futuro.
A relação direta entre inovação tecnológica e desenvolvimento econômico é óbvia. A utilização de novas tecnologias gera renda, emprego, diferenciação, valor de mercado e… lucro. Muito lucro!
Um estudo realizado por Gil Giardelli e uma equipe de pesquisadores comprova o fato: oito importantes áreas relativas à economia da inteligência artificial foram avaliadas em 75 países, e revelou que o Brasil ocupa o 67° lugar no ranking. Mas o que isso significa?
“Se estivéssemos na 65° posição, haveria um crescimento de quase 5% no PIB, o equivalente a 120 bilhões de dólares. Ainda estamos engatinhando nesse processo e precisamos evoluir rápido. Há muitas barreiras éticas e legais que atrapalham o progresso. Por isso me preocupo em trazer novos conceitos e ideias sobre o tema para o nosso país.”, afirma Giardelli.
Ele faz parte do seleto grupo de seis brasileiros que integram a WFSF (Federação Mundial dos Estudos do Futuro), fundada em Paris. A ONG conta com a parceria consultiva da UNESCO e da ONU, e hoje reúne 195 membros em mais de 60 países para discutir e propor soluções alternativas e inovadoras sobre o futuro da humanidade.
“É um debate mundial. Recomendo que mais brasileiros participem da Federação. O processo de inscrição não é complexo, as informações estão no próprio site da ONG”, explica.
Aqui no país, instituições como o Núcleo de Estudos do Futuro Brasilligado a PUC-SP, o ProFuturo da FEA USP e o Geopi Unicamp, promovem discussões sobre o tema. No site O futuro das coisas também é possível encontrar muito conteúdo interessante!
Apesar dos 1,4 milhões de pessoas ainda sem acesso à energia elétrica (quase 15% da população mundial), a transformação digital impacta profundamente todo o planeta e, ao mesmo tempo que gera soluções incríveis para facilitar a dinâmica da vida humana, promove uma série de dúvidas e questionamentos sobre o nosso amanhã.
A quarta revolução industrial trouxe consigo as inúmeras possibilidades que a tecnologia nos oferece: chatbots, reconhecimento facial, impressão em 3D de objetos (de alimentos a órgãos humanos também), serviços on demand (como Uber, Netflix, Spotify, iFood…), diagnósticos de saúde precisos realizados por robôs e a famosa Internet das Coisas (IoT) estão entre elas.
Foto: *Olhar Digital
E não se trata (apenas) de robôs: a Inteligência Artificial (A.I.) carrega um conceito bem mais amplo. A capacidade das máquinas para aplicar padrões de raciocínio lógico por meio de algoritmos afeta desde a medicina à política, modifica comportamentos e as relações de consumo, e simultaneamente nos permite enxergar tanto os benefícios quanto as desvantagens que sua utilização acarreta para o futuro da humanidade.
Com espanto e encantamento, assistimos o nascimento das criptomoedas e sua proposta inovadora de negócios, dissolvendo o conceito Estado-Nação quase que por completo. Segundo o site Olhar Digital, um levantamento do CoinMarketCap indica que já existem mais de 2,3 mil criptomoedas diferentes em circulação no mundo. Além da bitcoin, existem as Litecoins, Altcoins, a Ethereum (segunda maior do mundo), entre outras.
A Ciência de Dados também surge, como um pote de ouro para o mercado que enfrenta a dificuldade em lidar com o grande volume de material gerado ‘nas nuvens’, inclusive, pelo próprio uso das tecnologias. O uso de Data Science garante o poder de transformar esses dados em insights, e insights em negócios.
A ambiguidade (ou contradição) não para por aqui. No campo da Educação, Giardelli lembra que só no Brasil, mais de 300 mil vagas relacionadas às Ciências de Dados estão abertas em busca de profissionais capacitados (seja para atuar em Medicina, Jornalismo, Tecnologia…) e apenas 1% dos universitários estudam algo relacionado à área.
O cenário demonstra um grande abismo e descompasso entre as necessidades mundiais e o que o universo acadêmico verdadeiramente oferta no país… E enquanto a China desenvolve competências relativas à Inteligência Artificial em cerca de 4,5 milhões de pessoas anualmente, e os EUA em torno de 350 mil, o Brasil investe apenas em 50 mil pessoas, reforçando esse atraso.
Mas o tempo não para, e novas profissões substituem antigas atividades, causando um grande choque de realidade na relação homem x trabalho, o que traz à tona a pergunta: “A tecnologia nos prejudica ou gera novas oportunidades de emprego?”.
A discussão sobre o impacto da inteligência artificial no futuro é polêmica, e muitas vezes polarizada. Será mesmo que a tecnologia poderá mimetizar comportamentos humanos e substituir por completo nossa força de trabalho? Ou, ao contrário, vai valorizar aspectos como emoções e ética (inerentes ao Homem), colaborar com o desenvolvimento cognitivo e criar novas possibilidades?
Pesquisadores de Oxford estimam que as máquinas podem acabar com cerca de metade dos postos de trabalho. Eles afirmam que 47% dos empregos nos EUA correm o risco de serem automatizados.
A gigante Google patrocinou uma pesquisa sobre o tema, realizada pela The Economist que demonstra os possíveis cenários e reconhece alguns riscos para o futuro do trabalho e para a privacidade de informações. O relatório conclui que, em curto prazo, a inteligência artificial não será “nem utópica nem distópica”.
O setor de Biotecnologia (que impacta diretamente a Medicina) já atravessa uma enorme revolução, e promete ainda trazer muitas surpresas. Na China, foi anunciado uma tecnologia que pretende recriar humanos e animais para reduzir o uso de animais de laboratório em pesquisas médicas, por exemplo. Surge um novo campo que busca replicar órgãos, sistemas e corpos em formato de chips.
Sim, órgãos em chips, construídos em laboratório por uma impressora 3D! De acordo com seu criador Ken-Ichiro Kamei, eles permitem interações mais complexas — a ponto de imitar a fisiologia de um sistema vivo — e aumentam as chances de curar doenças raras (veja a matéria aqui).
A intenção ambiciosa (e genial) de Kamei — que se estende até uma forma de ressuscitar espécies em extinção — foi reconhecida pelo Fórum Econômico Mundial como uma das dez tecnologias emergentes mais importantes em 2016.
Por outro lado….
Em entrevista para o El País, o especialista em inteligência artificial Ramón López de Mántaras, lembra que a automatização já elimina alguns cargos e profissões há tempos, mas não pode ser apontada como a principal causa do desemprego.
“Basta pensar nos caixas eletrônicos. Mesmo assim, as sociedades mais automatizadas não são as que têm mais desemprego. A Suécia é um exemplo”.
Justamente para administrar tantas tecnologias e atender às demandas de uma economia baseada em dados, há quem defenda que a A.I. promoverá um movimento de incentivo a novos empregos.
Um estudo revela também que o uso de A.I. tem potencial para duplicar as taxas de crescimento econômico anual até 2035, o que significa um aumento médio de 1,2% ao ano no PIB mundial.
No setor empresarial, o impacto do emprego de A.I. pode ampliar em até 40% a produtividade da força de trabalho e impulsionar o crescimento econômico pelo mundo, segundo a pesquisa.
Segurança sem privacidade
Dizem que quando o serviço é de graça, o produto é você. Mas trocar a privacidade por segurança ou comodidade parece ser uma barganha bastante vantajosa para muitos…
Neste quesito, as câmeras espalhadas pelas cidades serão acopladas a sistemas de reconhecimento facial para reduzir riscos de crimes, e num futuro nem tão distante, também será possível que uma cama indique se o seu dono sofre de insônia ou tende ao sedentarismo, apenas pela análise das horas de sono, com a Internet das Coisas (IoT).
Crédito: El País
É claro que a intenção do dispositivo ali instalado será trocar informação por ‘solução’. Ou seja, os dados chegam às empresas que nos devolvem a solução (em forma de propaganda) para qualquer um dos problemas. Isso será incrível?!
O mesmo pode acontecer quando o leite ou alguma carne estiver acabando na geladeira, e o supermercado nos alertar para a próxima compra, por exemplo.
A tecnologia também beneficia processos de gestão de risco e detecção de fraudes com o uso de machine learning. Através da leitura de padrões de fluxos de dados, é possível identificar ações suspeitas e mapear práticas fraudulentas rapidamente, de forma automatizada.
Ainda sobre privacidade, temos o ‘filtro bolha’. Enquanto navegamos na rede, recebemos informações e ofertas de produtos cada vez mais personalizados, num processo de “retroalimentação” estimulado pelos próprios rastros tecnológicos que produzimos: pesquisas e compras na internet, biometria, GPS…
Para oferecer a tal experiência customizada (seja para consumir notícias, produtos ou serviços), as empresas utilizam algoritmos e filtros de buscas que reforçam convicções e interesses pessoais. Ou seja, nada mais do que uma publicidade bem direcionada, onde o consumo daquilo que desejamos (e não do que necessariamente precisamos) é muito bem trabalhado.
Esses são apenas alguns exemplos dos impactos da A.I. na sociedade como um todo.
Aos defensores e aos oponentes das novas tecnologias, nada de pânico. Gil Giardelli explica que serão 30 anos de mudanças em todo o planeta, o que vai gerar complexidade, caos e convulsão.
Precisamos estar preparados (e preparar as futuras gerações) para sobreviver nesse cenário mundial. Para isso, o especialista oferece algumas dicas sobre competências que devem ser trabalhadas:
Flexibilidade cognitiva: capacidade de aprender, desaprender e reaprender. Estar aberto a novas ideias é fundamental para uma adaptação saudável e natural.
Inércia da Inovação: evitar ansiedade e absorver a necessidade de aprender algo novo, todos os dias.
Ética: para evitar efeitos negativos, é importante fomentar o debate sobre um código de ética referente ao uso de A.I., com normas claras e objetivas que definam concretamente o emprego das melhores práticas e seus benefícios.
Empatia: perceber que a tecnologia é ótima, mas colaborar com o próximo é fundamental. A empatia diz respeito a compreender sentimentos, emoções e necessidades de outra pessoa, e será considerada como um diferencial no futuro.
Giardelli lembra que o uso do “digital” nos afastou, e agora estamos nos reconectando. Ele também cita a relevância da inovação, do uso de dados e da Humanidade em todo esse processo.
“O conceito de vender produtos já se foi. Hoje, mesmo que você venda parafusos, o mercado exige aentrega de dados. A Netflix, por exemplo, não é um serviço de stream, ela é uma empresa de dados. Estamos aprendendo a nos transformar, e está claro que as empresas que não enxergarem a eficiência da inovação, estarão fora do mercado. Automação digital e interação: isso é o futuro”, explica.
O estudioso revela que, durante uma viagem à Itália, estudou sobre da Vinci e percebeu que a história do artista esconde muitos ensinamentos sobre os novos tempos e sobre a importância da empatia.
“Descobri que Leonardo da Vinci pagava almoços aos pedintes, mesmo sem saber o significado da palavra empatia. Como cientista, nunca perdeu a sede de saber. Pintou Gioconda porque enxergava muita beleza nos seres humanos e muita razão nos números”, diz.
Gil acredita ser esse o legado do artista: “Como homens vitruvianos, devemos pensar nos números sem perder a essência do contato com a Humanidade. Além de novos continentes, será possível viajar para novos planetas. Preparem-se para grandes descobertas!”, alerta.
Impulsionado pela força da tecnologia, o mundo gira cada vez mais veloz e evolui para uma nova era, onde máquinas e humanos devem coexistir em prol de um mundo mais eficiente, produtivo e seguro. Integrar a inteligência humana à eficiência das máquinas é o caminho para a harmonia e para fortalecer o papel das pessoas nesses tempos pós normais.
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